O que fazemos

O que fazemos e como fazemos


Capacitação

Fornececer know-how e certificações úteis para abordar o mercado de trabalho

Formação Profissional

800 horas de Formação Profissional na sua maioria componente prática.

Atividades semanais

Ao longo de 24 meses, 1 a 2 atividades semanais

5 Ações de Formação

Powerboat, Técnico Marítimo-Turístico, Cidadania Ambiental, .....

Vertente competição

Participação em regata do circuito regional

Expedições de mar

Realização de expedições de mar cobrindo cerca de 300 milhas náuticas.

12

Certificados profissionais

30

Jovens beneficiam das atividades

Hands-on

Mais de 500 horas de saídas de mar

Responsabilização

Formação com perspetiva de autonomia

O que fazemos

Algumas atividades a realizar


Blog

Notícias com cheiro a Mar


Vela: a modalidade anti fast consumption

No projeto Crescer pelo Mar, que conta com mais de 800 horas de formação na vertente do técnico marítimo-turístico, 376 horas (47%) foras destinadas aos conteúdos de vela – vela de competição, de cruzeiro e oceânica. 

Esta área detém uma grande fatia da carga horária por diversos motivos, desde a realização de formações em barcos à vela ligeira, até à participação em expedições à vela pela costa algarvia. O mais importante desta modalidade é que para o âmbito do curso e da formação que é o Crescer pelo Mar, é a importância de trabalhar em equipa. Segundo o nosso formador Sérgio Cardoso, a prática da vela é uma das modalidades náuticas em maior expansão em Portugal e existem opções para qualquer tipo de idade e condição física.

Em relação à importância que esta modalidade tem para a formação dos futuros profissionais técnicos marítimo-turísticos, Sérgio diz o seguinte: “Atualmente, um profissional de marítimo-turística, tem de ser capaz, de forma autónoma, sobre orientação ou integrado numa equipa, desenvolver atividades náuticas em várias modalidades, prestar informações, promover e comercializar produtos e serviços.” 

O formador Pedro Fernandes partilha da opinião que a vela é uma modalidade que ajuda a controlar egos e a lidar com diferentes personalidades. A vela é um desporto coletivo, pelo que implica a gestão da tripulação, uma comunicação eficaz entre os membros da tripulação para chegarem do ponto A ao B sem percalços. Num espaço tão pequeno como é uma embarcação, nem sempre é fácil lidar com o outro, pelo que nesta modalidade a comunicação e relações inter e interpessoais são trabalhadas.

Pedro ainda acrescente que não é um desporto fácil, onde existem vários fatores que não se podem controlar e a adversidade é algo constante. Por estes motivos, é uma modalidade benéfica para jovens que estão habituados a ter tudo o que querem com um “clique” ou com um “sim” ou “não”. A vela leva tempo. É necessário mais que uma hora para aparelhar o barco e ir para o mar, e mais de outra hora para regressar a terra, desemparelhar o barco e poder sair da marina, para voltar para casa. Não é uma modalidade de consumo rápido, onde o participante afirma que já não quer mais e pode cessar a atividade. É uma modalidade desafiante, porque tem características que não existem noutras.

Assim, a modalidade de vela, no panorama da formação que este projeto integra, é das atividades mais complexas, mas também mais completa. A diversidade de embarcações que os formandos puderam experienciar, aliadas ao meio natural da Ria Formosa e mar da costa do Algarve, combinadas, tornaram todas as sessões únicas e uma mais valia na formação profissional destes jovens. 


Observação de cetáceos

No início do mês de junho o Crescer pelo Mar realizou uma saída de mar para observação de cetáceos – golfinho comum e golfinho roaz. Nesta sessão os objetivos principais foram:

  • Familiarização com as normas de segurança no que à observação de cetáceos diz respeito;
  • Explicação teórica relativa às espécies observadas;
  • Leis e normas associadas à prática da atividade;
  • Partilha de conhecimento sobre factos relativos aos cetáceos entre os formandos e formadores. 

A observação foi realizada ao largo da ilha Deserta (Faro, Algarve), a cerca de 4-5 milhas náuticas de distância da costa. Ao início os formandos foram incumbidos de, com ajuda dos binóculos, procurar por barbatanas dorsais ou aglomerados de gaivotas/aves marinhas. E porquê aves? Quando os golfinhos se alimentam, o método de caça utilizado faz com que o peixe fique concentrado num círculo próximo da superfície – o que cria o banquete perfeito para estas aves oportunas. 

E assim foi, após encontrar o primeiro aglomerado de gaivotas, as duas embarcações afetas à atividades aproximaram-se com cautela, para presenciar o momento de caça e alimentação de um grupo de cerca de 30-40 golfinhos. 

Dos aspetos mais importantes desta formação, são retidos os seguintes aspetos:

  • Quando a embarcação está em movimento e os golfinhos se aproximam da mesma, nunca se deve desligar o motor, alterar o rumo, velocidade ou a marcha da embarcação;
  • Segundo a legislação, não é permitido ficar mais de 40 minutos próximo de um grupo de golfinhos;
  • Não é permitido mergulhar/nadar com golfinhos durante uma atividade de observação. 

E tu, já viste golfinhos no seu habitat natural?