Formação de Vela Oceânica
Os formandos do Crescer pelo Mar tiveram, no dia 20 e 21 de abril de 2022, o seu batismo de vela oceânica, através das formações empreendidas. Por se tratar de um grupo grande, o mesmo teve de ser dividido em dois dias, os quais acabaram por ser completamente diferentes devido às condições meteorológicas existentes.
O rumo a seguir dia 20 foi Olhão – Vilamoura, onde participaram 5 elementos. O ponto de encontro para formandos e formadores foi a Marina de Olhão, onde todos embarcaram no Blue Swan para se realizar o briefing inicial. Após ser explicado como iria correr o dia, questões de segurança e utilização da casa de banho, os formandos foram convidados a assistir a como se coloca um estai e a auxiliar na partida da marina (soltar cabos, defensas, velocidade, profundidade, obstáculos, rumo, condições meteorológicas).
Após a saída da barra Faro – Olhão e de procurar algum abrigo do vento atrás do molhe, a vela grande e o estai foram içados e o motor desligado. Assim se iniciou a travessia até Vilamoura. Uma vez que o vento estava contra e as vagas eram moderadas, a travessia revelou-se um pouco mais atribulada, com mais propensão para enjoos e mal-estar no seio do grupo dos formandos. De uma forma geral a formação foi bem-sucedida, porque todos os formandos participaram nas tarefas a bordo: leme e escotas, mas a questão das condições adversas impediu que se fizesse trabalho de carta e que a travessia fosse mais tranquila.
Quanto ao segundo dia, este revelou-se diferente, como esperado: vento a favor e vagas a entrar pela popa da embarcação (ao invés das vagas a entrar pela proa no dia anterior, que provocavam constantes altos e baixos). Com o grupo presente neste dia foi possível realizar outras tarefas, não só devido às condições meteorológicas, mas também aos recursos disponíveis. Antes de iniciar a travessia os formandos puderam presenciar e auxiliar no processo de troca de uma genoa (vela da frente) e da importância de uma boa gestão destes materiais, para prolongar a sua vida. Devido a problemas técnicos com os cabos do enrolador da genoa, foi necessário içar um tripulante ao mastro, para solucionar o problema – o que foi um acrescento à panóplia de experiências dos formandos.
Após realizado o check-out, deu-se início à travessia Vilamoura-Olhão, onde os formandos puderam desempenhar funções de tripulação nas escotas da vela grande e da genoa, e também ao leme. Com o vento a favor o principal desafio foi controlar o leme da embarcação face às vagas que entravam pela popa do veleiro e faziam com que o mesmo mudasse de rumo, mas de uma forma geral foi uma travessia mais confortável que a do dia anterior.
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