Archives: Setembro 28, 2022

Vela: a modalidade anti fast consumption

No projeto Crescer pelo Mar, que conta com mais de 800 horas de formação na vertente do técnico marítimo-turístico, 376 horas (47%) foras destinadas aos conteúdos de vela – vela de competição, de cruzeiro e oceânica. 

Esta área detém uma grande fatia da carga horária por diversos motivos, desde a realização de formações em barcos à vela ligeira, até à participação em expedições à vela pela costa algarvia. O mais importante desta modalidade é que para o âmbito do curso e da formação que é o Crescer pelo Mar, é a importância de trabalhar em equipa. Segundo o nosso formador Sérgio Cardoso, a prática da vela é uma das modalidades náuticas em maior expansão em Portugal e existem opções para qualquer tipo de idade e condição física.

Em relação à importância que esta modalidade tem para a formação dos futuros profissionais técnicos marítimo-turísticos, Sérgio diz o seguinte: “Atualmente, um profissional de marítimo-turística, tem de ser capaz, de forma autónoma, sobre orientação ou integrado numa equipa, desenvolver atividades náuticas em várias modalidades, prestar informações, promover e comercializar produtos e serviços.” 

O formador Pedro Fernandes partilha da opinião que a vela é uma modalidade que ajuda a controlar egos e a lidar com diferentes personalidades. A vela é um desporto coletivo, pelo que implica a gestão da tripulação, uma comunicação eficaz entre os membros da tripulação para chegarem do ponto A ao B sem percalços. Num espaço tão pequeno como é uma embarcação, nem sempre é fácil lidar com o outro, pelo que nesta modalidade a comunicação e relações inter e interpessoais são trabalhadas.

Pedro ainda acrescente que não é um desporto fácil, onde existem vários fatores que não se podem controlar e a adversidade é algo constante. Por estes motivos, é uma modalidade benéfica para jovens que estão habituados a ter tudo o que querem com um “clique” ou com um “sim” ou “não”. A vela leva tempo. É necessário mais que uma hora para aparelhar o barco e ir para o mar, e mais de outra hora para regressar a terra, desemparelhar o barco e poder sair da marina, para voltar para casa. Não é uma modalidade de consumo rápido, onde o participante afirma que já não quer mais e pode cessar a atividade. É uma modalidade desafiante, porque tem características que não existem noutras.

Assim, a modalidade de vela, no panorama da formação que este projeto integra, é das atividades mais complexas, mas também mais completa. A diversidade de embarcações que os formandos puderam experienciar, aliadas ao meio natural da Ria Formosa e mar da costa do Algarve, combinadas, tornaram todas as sessões únicas e uma mais valia na formação profissional destes jovens. 


Observação de cetáceos

No início do mês de junho o Crescer pelo Mar realizou uma saída de mar para observação de cetáceos – golfinho comum e golfinho roaz. Nesta sessão os objetivos principais foram:

  • Familiarização com as normas de segurança no que à observação de cetáceos diz respeito;
  • Explicação teórica relativa às espécies observadas;
  • Leis e normas associadas à prática da atividade;
  • Partilha de conhecimento sobre factos relativos aos cetáceos entre os formandos e formadores. 

A observação foi realizada ao largo da ilha Deserta (Faro, Algarve), a cerca de 4-5 milhas náuticas de distância da costa. Ao início os formandos foram incumbidos de, com ajuda dos binóculos, procurar por barbatanas dorsais ou aglomerados de gaivotas/aves marinhas. E porquê aves? Quando os golfinhos se alimentam, o método de caça utilizado faz com que o peixe fique concentrado num círculo próximo da superfície – o que cria o banquete perfeito para estas aves oportunas. 

E assim foi, após encontrar o primeiro aglomerado de gaivotas, as duas embarcações afetas à atividades aproximaram-se com cautela, para presenciar o momento de caça e alimentação de um grupo de cerca de 30-40 golfinhos. 

Dos aspetos mais importantes desta formação, são retidos os seguintes aspetos:

  • Quando a embarcação está em movimento e os golfinhos se aproximam da mesma, nunca se deve desligar o motor, alterar o rumo, velocidade ou a marcha da embarcação;
  • Segundo a legislação, não é permitido ficar mais de 40 minutos próximo de um grupo de golfinhos;
  • Não é permitido mergulhar/nadar com golfinhos durante uma atividade de observação. 

E tu, já viste golfinhos no seu habitat natural?


Apresentação do Projeto – Faro

Na passada quarta e quinta-feira (25 e 26 de maio) o Crescer pelo Mar esteve presente em força nas escolas, para divulgar o que é que estão a aprender e como é que crescem pelo mar. As apresentações feitas decorreram no Externato Menino Jesus – às turmas do 1º, 2º, 3º e 4º ano; e na Escola Secundária Pinheiro e Rosa, à turma do curso profissional de Eventos, e do curso profissional de Técnico de Turismo. O propósito destas apresentações é divulgar o projeto, mas também estabelecer possíveis contactos e parcerias com as escolas e alunos, para participação em futuros projetos e atividades da AECO (Associação para o Estudo e Conservação dos Oceanos), a promotora do projeto.


Disseminação do projeto

No dia 19 de maio o Crescer pelo Mar foi à Escola Secundária Laura Ayres, apresentar o projeto à turma do curso profissional de desporto (2º ano). O objetivo foi de disseminar o projeto, contacto com o parecer de dois jovens formandos do mesmo, que puderam dar o seu contributo na apresentação.

Para a semana regressamos às escolas de Faro!


Divulgação do Projeto – Alte

Na passada quarta-feira, dia 27 de abril, o Crescer pelo Mar foi à Escola Profissional de Alte – Cândido Guerreiro, para divulgar o projeto próximo da turma profissional do 3º ano de Turismo. O objetivo principal foi divulgar o que é o projeto e as metas que tem vindo a ser alcançadas, bem como os benefícios que este tipo de projeto traz para os jovens envolvidos: formação especializada na área das empresas marítimo-turísticas.

Os jovens que auxiliaram nesta divulgação deram o seu input perante a turma e explicaram os benefícios que tem vindo a ter no âmbito do Crescer pelo Mar e as janelas de oportunidade que tem vindo a ser abertas.


Formação de Vela Oceânica

Os formandos do Crescer pelo Mar tiveram, no dia 20 e 21 de abril de 2022, o seu batismo de vela oceânica, através das formações empreendidas. Por se tratar de um grupo grande, o mesmo teve de ser dividido em dois dias, os quais acabaram por ser completamente diferentes devido às condições meteorológicas existentes. 

O rumo a seguir dia 20 foi Olhão – Vilamoura, onde participaram 5 elementos. O ponto de encontro para formandos e formadores foi a Marina de Olhão, onde todos embarcaram no Blue Swan para se realizar o briefing inicial. Após ser explicado como iria correr o dia, questões de segurança e utilização da casa de banho, os formandos foram convidados a assistir a como se coloca um estai e a auxiliar na partida da marina (soltar cabos, defensas, velocidade, profundidade, obstáculos, rumo, condições meteorológicas). 

Após a saída da barra Faro – Olhão e de procurar algum abrigo do vento atrás do molhe, a vela grande e o estai foram içados e o motor desligado. Assim se iniciou a travessia até Vilamoura. Uma vez que o vento estava contra e as vagas eram moderadas, a travessia revelou-se um pouco mais atribulada, com mais propensão para enjoos e mal-estar no seio do grupo dos formandos. De uma forma geral a formação foi bem-sucedida, porque todos os formandos participaram nas tarefas a bordo: leme e escotas, mas a questão das condições adversas impediu que se fizesse trabalho de carta e que a travessia fosse mais tranquila. 

Quanto ao segundo dia, este revelou-se diferente, como esperado: vento a favor e vagas a entrar pela popa da embarcação (ao invés das vagas a entrar pela proa no dia anterior, que provocavam constantes altos e baixos). Com o grupo presente neste dia foi possível realizar outras tarefas, não só devido às condições meteorológicas, mas também aos recursos disponíveis. Antes de iniciar a travessia os formandos puderam presenciar e auxiliar no processo de troca de uma genoa (vela da frente) e da importância de uma boa gestão destes materiais, para prolongar a sua vida. Devido a problemas técnicos com os cabos do enrolador da genoa, foi necessário içar um tripulante ao mastro, para solucionar o problema – o que foi um acrescento à panóplia de experiências dos formandos. 

Após realizado o check-out, deu-se início à travessia Vilamoura-Olhão, onde os formandos puderam desempenhar funções de tripulação nas escotas da vela grande e da genoa, e também ao leme. Com o vento a favor o principal desafio foi controlar o leme da embarcação face às vagas que entravam pela popa do veleiro e faziam com que o mesmo mudasse de rumo, mas de uma forma geral foi uma travessia mais confortável que a do dia anterior. 


Kitesurf

O kitesurf é um desporto aquático que, através de uma prancha e de um kite, usa o vento como impulsionador do praticante. Facto curioso, apesar de ter surf no nome, não é necessário surfar ondas para praticar esta modalidade.

No kitesurf existem três peças fundamentais: a prancha, a barra e o kite. Estes três estão ligados através do praticante que apoia os pés na prancha e comanda a direção do kite através da barra. Este desporto, devido aos seus instrumentos de prática: kite, vento forte e linhas de nylon; é extremamente perigoso pelo que é muito importante garantir a segurança das pessoas que rodeiam a zona de prática. Este é um ponto bem assente em qualquer aula de iniciação. Nunca fazer a atividade num sítio com muitos obstáculos, os quais podem ser pessoas, casas, postes de luz ou qualquer coisa que possa comprometer a atividade, e é também fundamental respeitar as pessoas que passem por nós.

No kitesurf, e como em qualquer outro desporto de vento, temos de compreender bem a janela de vento. Enquanto na vela ou windsurf temos de caçar a vela para obter velocidade, no kitesurf é bastante diferente: a nossa janela de vento é constituida por um semi-círculo com áreas de maior potência e áreas estáticas. As áreas de potência são as que garantem maior estímulo ao kite e as estáticas são usadas para reequilibrar o kite e retomar o controlo. Neste semi-círculo, quanto mais afastados do centro, maior a área estática; e quanto mais próximos do centro, maior a área de potência.


Passeio interpretativo na Ria Formosa

Esta quarta-feira os jovens do Crescer pelo Mar realizaram um passeio interpretativo na Ria Formosa. Partiram do Centro Náutico da Praia de Faro com direção aos viveiros de ostras, para uma contextualização sobre estes bivalves – que representam uma grande fonte de rendimento para a economia local, uma vez que mais de 80% é exportado para o estrangeiro. Após a paragem nas ostras, seguiram para a Estação Marinha do Ramalhete – local que tem vindo a realizar um trabalho muito importante na observação, estudo e preservação de espécies da Ria Formosa, nomeadamente dos nossos cavalos-marinhos.

Após deixar os SUPs e Kayaks em terra, os jovens partiram a pé para a área circundante ao Ramalhete – as salinas. Esta área é casa de imensas espécies da avifauna da Ria, e com recurso a um cartaz ilustrativo, os formandos tentaram encontrar o máximo número possível de espécies. Para enquadrar as salinas também foi feita uma explicação relativa à forma tradicional e industrial de extração do sal.

Após a interpretação do património circundante, os jovens ainda se disponibilizaram para realizar uma ação de limpeza na área do Ramalhete, recorrendo todo o lixo que fossem encontrando. Desta forma aliou-se a cultura à preservação e proteção do ambiente.

Até à próxima!


Comunicações Marítimas

As comunicações marítimas evoluíram bastante desde os primórdios da navegação, se antes era impossível ou quase impossível comunicar entre uma embarcação e outra que estivessem afastadas, atualmente é possível apenar com o premir de um botão.

Este grande desenvolvimento nas comunicações abriu várias e importantes portas no mundo da navegação como por exemplo no ato de pedir ajuda em caso de algum acidente, de saber posições de outros navios de maneira a evitar colisões e até saber como estão as condições meteorológicas para fugir a tempestades. Podemos então dizer que este avanço veio trazer muita segurança ao mundo da náutica.

Existem 3 chamas de emergência, estas são a de mayday, securitê e a pan pan.

A chamada de mayday deve ser feita apenas quando o perigo é muito grave e eminente.

A chamada de pan pan é uma chamada para dizer que há uma emergência a bordo de um barco, mas que não há um perigo imediato de vida ou para com a embarcação.

Por fim, temos a chamada de securitê que é utilizada para transmitir avisos à navegação: que podem ser avisos meteorológicos ou perigos com o qual a nossa embarcação possa colidir.

Stay tuned on chanel 16!


Bodyboard

Bodyboard é um desporto aquático que é bastante praticado em todo o mundo e para quem gosta de ar livre, mar, sol e ondas este é um desporto ideal.  

Diz-se que o bodyboard apareceu no Hawaii em 1971, ainda assim há relatos de que no século XV os polinésios praticavam surf deitados em pranchas rudimentares, normalmente tábuas de madeira, já que só era permitido aos reis fazer surf em pé – davam-se então aqui os primeiros passos para o que viria a ser o bodyboard. 

Um dos pais do bodyboard, não pela sua descoberta, mas sim pelo seu desenvolvimento em termos de pranchas é Tom Morey, que criou a primeira prancha moderna, a Morey Boogie. 

O bodyboard chegou a Portugal em 1980, é um desporto bastante adorado e fácil de praticar a um nível inicial, no entanto, quando se quer aumentar o nível já fica mais difícil existindo vários truques que podem ser feitos na prancha, como por exemplo, 360º, drop-knee, cutback ou el rollo.